segunda-feira, 21 de outubro de 2013

A passos leves

Vivo procurando o teu cheiro, o teu encanto,
O teu afeto, em cada canto.
Vivo caminhando sem rumo, sem vida.
Sou como uma poesia que precisa ser lida.

Necessito de apoio,
uma bengala, o teu consolo.
Meus passos são leves
Por vezes perigosos e breves.

Não tenho medo de chuva,
Temo visão turva.
Gosto de enxergar,
De ver o que há de bonito para se olhar.

Ando carente de pele, calor,
Mas, se puder, tamém me dê amor.
Não sou muito de cobrar,
Mas se vim, venha para ficar.



                              Valéria Mares

terça-feira, 15 de outubro de 2013

Simples e complexa

Eu não tenho muitas certezas. Sei que sou nova demais, inocente demais, menina demais. Mas nada disso me impede de ser esse furacão de perguntas sem respostas, de dúvidas adultas, de grandes sonhos. Quero muito, quero mais. Não fujo, nunca fujo. Minha fúria, por vezes, transforma-se em persistência. Sou teimosa. Não aceito um "não" seco, quero um "como" e um "porquê". Vou até os limites por respostas. Sou simples para quem sabe lidar comigo. Sou uma equação matemática, sempre escondo um x.



     Valéria Mares


quinta-feira, 10 de outubro de 2013

Metalinguística

Metalinguística.
Minha meta é linguística,
Minha meta é escrever, compor, cantar,
É poetizar.
A vida, o fazer, o amar.
Por no papel meu jeito,
Sem jeito, sem tato.
A pureza de um simples ato.
Minha meta é escrever,
E, com rabiscos bobos,
Expor meu querer.

                     Valéria Mares