O anoitecer é o caos mais ordenado que já vi. Aquela inquietação que não é noite nem dia me fascina. É como a adolescência, nem adulto nem criança. É como se o dia resistisse em morrer. Uma criança teimosa, ele resiste, formando o crepúsculo, o adeus da luz. É uma briga ordenada entre luz e trevas. Duas metades de um todo vital, que por um tempo se apresentam para nos contemplar com esse meio-termo. Eu sou esse meio-termo. Eu sou esse caos ordenado que não é uma coisa nem outra e, no entanto, é tudo. Por isso o anoitecer me fascina, porque se parece comigo. Porque me ajuda a preencher as lacunas de mim mesma e apreciar meu próprio crepúsculo.
Valéria Mares
sexta-feira, 26 de dezembro de 2014
segunda-feira, 17 de novembro de 2014
Doente de alma
Valéria Mares
segunda-feira, 10 de novembro de 2014
Eu moro na palavra
Às vezes sei tanto que não sei dizer o que sei.
Palavras são abismos,
suaves rabiscos
do buraco negro que me tornei.
Minha casa é o verso,
sem telhado,
sem concreto.
onde ventila e chove letra
direto da ponta da caneta.
Sou pequena e sou grande,
sou poesia insinuante.
Eu moro na palavra,
sou tudo, quando o mundo me reduz a nada.
Valéria Mares
Palavras são abismos,
suaves rabiscos
do buraco negro que me tornei.
Minha casa é o verso,
sem telhado,
sem concreto.
onde ventila e chove letra
direto da ponta da caneta.
Sou pequena e sou grande,
sou poesia insinuante.
Eu moro na palavra,
sou tudo, quando o mundo me reduz a nada.
Valéria Mares
quarta-feira, 5 de novembro de 2014
Sou lamento
Eu sou um oceano num copo d'água. Não caibo em mim, nem nos outros. Sou a bomba atômica que está guardada e pronta para explodir. E destruir. Sou a destruição em massa, dos outros e de mim mesma. Sou a granada nas trincheiras. Aquela com um pino frouxo que, ao menor toque, matará. Sou a calmaria na superfície, enquanto afundo na confusão. Sou lamento. Autodestrutiva. Uma pura confusão.
Valéria Mares
Valéria Mares
sábado, 25 de outubro de 2014
Recomeçar
Eu tenho sonhos, sabe? Eu, como qualquer menina, como qualquer pessoa, tenho meus sonhos e anseios. Alguns são bobos e clichês, como casar ao ar livre, ter 2 filhos. Outros são sérios e grandes, como fazer faculdade, publicar livros. Eu nunca me vi como uma pessoa incapaz de fazer essas coisas, do contrário, sempre tive tal certeza. As pessoas geralmente diziam "você consegue, você é inteligente" e eu acreditava, até hoje acredito. No entanto, quando as coisas se apertam e, enfim, chega a hora de você fazer o vestibular, editar o livro, a maioria das pessoas não te apoiam, dolorosamente são as pessoas que você mais ama e as que mais deviam te apoiar. Enfim, hoje quis falar de sonhos e eles geralmente vem acompanhados de dificuldades, seja seus pais, sua cidade, sua dificuldade em física. As coisas sempre vão querer dar errado e a gente tem que ir correndo atrás, da forma que conseguir. E, se não conseguir, adiar. Afinal, ainda existe a vida toda pela frente, o que não podemos é desistir de sonhar. Por isso, devemos recomeçar, nos renovar, deixar-nos podar, murchar, para logo depois florescer outra vez. Traçar novos objetivos, fazer das dificuldades novas oportunidades é fundamental. Só não deixe o tempo parar, nunca, valorize cada segunda da sua
existência. Vença a chuva, espere o momento certo e corra atrás do seu lugar ao Sol.
P.s.: Apenas um grito seco que quis publicar, Valéria.
existência. Vença a chuva, espere o momento certo e corra atrás do seu lugar ao Sol.
P.s.: Apenas um grito seco que quis publicar, Valéria.
quarta-feira, 15 de outubro de 2014
Quem dera-me
Quem dera-me ver teu rosto,
mesmo que num esboço.
Um borrão desconexo,
mal pintado,
incerto.
Do teu semblante, uma fagulha,
dos teu olhos, uma pintura.
Quem dera-me ter você todos os dias,
para dividir as alegrias.
Ter-te ao meu lado,
mesmo que seja mal pintado,
mesmo que não emoldurado,
mesmo que não de verdade,
só para a minha necessidade
quase louca,
quase rouca.
de você.
Valéria Mares
mesmo que num esboço.
Um borrão desconexo,
mal pintado,
incerto.
Do teu semblante, uma fagulha,
dos teu olhos, uma pintura.
Quem dera-me ter você todos os dias,
para dividir as alegrias.
Ter-te ao meu lado,
mesmo que seja mal pintado,
mesmo que não emoldurado,
mesmo que não de verdade,
só para a minha necessidade
quase louca,
quase rouca.
de você.
Valéria Mares
segunda-feira, 22 de setembro de 2014
Faça de mim o teu lar
Valéria Mares
segunda-feira, 1 de setembro de 2014
Na doçura dessa vida amarga
Na doçura dessa vida amarga,
encontrei meu encanto de ser poeta.
E vivi,
Sofri.
Te vi.
Te amei.
Nas estradas desse caminho selvagem,
encontrei a floresta das palavras.
E corri.
Segui.
Te quis
pra mim.
Nas águas secas desse mar de pessoas,
encontrei teu rosto em versos.
Concretos.
Incertos.
Em mim,
assim.
Valéria Mares
encontrei meu encanto de ser poeta.
E vivi,
Sofri.
Te vi.
Te amei.
Nas estradas desse caminho selvagem,
encontrei a floresta das palavras.
E corri.
Segui.
Te quis
pra mim.
Nas águas secas desse mar de pessoas,
encontrei teu rosto em versos.
Concretos.
Incertos.
Em mim,
assim.
Valéria Mares
sábado, 9 de agosto de 2014
Enfim
Chora tuas palavras no papel amassado do meu coração.
Me veste com tua poesia,
me faça explodir com tua canção.
Borra meu corpo com teus lamentos, teus contornos.
Me pinta com tinta,
me enche de adornos.
Grava teus versos em mim,
pra eu ser tua, enfim.
Valéria Mares
Me veste com tua poesia,
me faça explodir com tua canção.
Borra meu corpo com teus lamentos, teus contornos.
Me pinta com tinta,
me enche de adornos.
Grava teus versos em mim,
pra eu ser tua, enfim.
Valéria Mares
terça-feira, 29 de julho de 2014
A espera
E é sempre assim nessas tardes cinzentas, deito-me no sofá cor de creme e pego um livro ou um bloco de notas, leio ou escrevo para passar o tempo. É como se eu estivesse perdido no gelado Oceano Pacífico e as palavras fossem minhas boias. Elas me mantém flutuando no mar da minha mente e não me deixam afundar na inconsciência - ou na insanidade. O Pink Floyd ecoa baixo, vindo do quarto, propagando-se no ar até meus ouvidos cansados.
"The lunatic is in the hall".
"Yes, I am", respondo.
E minha cabeça gira, sentindo o prazer, o êxtase mental, o único que posso usufruir e que me arranca das malditas memórias, das imagens daquele rosto pálido.
Não sei ao certo se vai voltar ou não, mas vou esperar nesse sofá cor de creme ouvindo Pink Floyd, enquanto eu viver. Isso posso lhe garantir.
Valéria Mares
"The lunatic is in the hall".
"Yes, I am", respondo.
E minha cabeça gira, sentindo o prazer, o êxtase mental, o único que posso usufruir e que me arranca das malditas memórias, das imagens daquele rosto pálido.
Não sei ao certo se vai voltar ou não, mas vou esperar nesse sofá cor de creme ouvindo Pink Floyd, enquanto eu viver. Isso posso lhe garantir.
Valéria Mares
terça-feira, 22 de julho de 2014
Menina do pé de samba
Imagino teu mundo no meu,
e te invento pequenina só pra mim.
Mergulho no teu olho de céu,
e no teu rosto que inspira Jobim.
Menina da fala de sopro,
me fala de novo,
Tu és feliz?
Me diz o que tu gosta,
Levanta o teu véu.
Faz dessa noite nossa,
me beija com teu olho de céu.
Menina do pé de samba,
me chama pra dança,
e me deixa ser teu?
Valéria Mares
e te invento pequenina só pra mim.
Mergulho no teu olho de céu,
e no teu rosto que inspira Jobim.
Menina da fala de sopro,
me fala de novo,
Tu és feliz?
Me diz o que tu gosta,
Levanta o teu véu.
Faz dessa noite nossa,
me beija com teu olho de céu.
Menina do pé de samba,
me chama pra dança,
e me deixa ser teu?
Valéria Mares
quinta-feira, 17 de julho de 2014
Seja sua
Se possua,
Seu corpo é seu, menina.
Fique nua.
Na nudez da liberdade.
Se insinua.
Teu corpo é poesia.
Seja sua.
Valéria Mares
sábado, 17 de maio de 2014
Tudo em ti sou eu
Menino,
teus olhos de negritude,
tua pele de brancura,
teu aroma de homem,
tua voz de doçura.
Tudo em ti é meu,
tudo em ti sou eu.
Valéria Mares
teus olhos de negritude,
tua pele de brancura,
teu aroma de homem,
tua voz de doçura.
Tudo em ti é meu,
tudo em ti sou eu.
Valéria Mares
quinta-feira, 8 de maio de 2014
Paranoia
Valéria Mares
terça-feira, 6 de maio de 2014
Eu vivo pelas palavras
Vejo meus versos perdidos pela casa. Espalhados pelo chão, grudados nos grãos de poeira da estante, perdidos entre as páginas dos meus livros mal arrumados, rodopiando junto com as notas de rock progressivo que toca baixo, embalando meus devaneios. Eu me sento de frente à máquina de escrever e bebo algo, seria whisky ou chá? Não sei dizer, devo estar bêbado. Sangro aos poucos com palavras cortantes datilografadas lentamente. Sou masoquista e abuso delas. As palavras. Tento matá-las, mas não consigo. Elas me dão prazer enquanto me matam aos poucos. Eu vivo pelas palavras, e muito provavelmente morrerei por elas.
Valéria Mares
Valéria Mares
domingo, 20 de abril de 2014
Minha casa sou eu
segunda-feira, 14 de abril de 2014
Desabroche
Tenho visto tanta gente se perder de si para se enquadrar em um certo padrão. Acho lamentável quando alguém renuncia à sua personalidade por outra pessoa, abandona quem está sempre do seu lado: você mesmo. É tão bonita essa tua individualidade, seu jeito só seu de ver e gostar das coisas. Não perca isso, não deixe o barco te levar, reme por si. As coisas dão mais certo quando são naturais, forçar só piora. Desabroche. Olhe em volta e veja que lindo jardim espera por você.
Valéria Mares
Valéria Mares
quinta-feira, 10 de abril de 2014
Cara de boneca
Eu tenho esse jeito sapeca quando está tudo certinho, sem sabor.
Me perdoe por essa infantilidade momentânea.
Entende que anda tudo tão sério nessa vida cotidiana.
Porque eu odeio a mesmice de ser adulta.
Porque eu brinco e dou risada mesmo, sem culpa.
Releve minhas crises, meus dramas.
É que, às vezes, eu me vejo assim, em chamas.
Então me deixar incendiar teu coração.
Pois eu sou assim, toda amor, toda paixão.
Valéria Mares
sábado, 5 de abril de 2014
Só não mente
Só não mente. Só não fala pra mim que você se importa quando não é verdade. Não diz que tu me curte, não me elogia, não finge. Eu estou aqui para o que precisarem de mim, só exijo sinceridade.
Minha vida já foi cheia de gente falsa que quase me fez desistir das pessoas. Não faz eu desistir, porque eu sou teimosa e sempre vou acreditar de novo. Porque tem uma coisa idiota em mim que, apesar de não parecer, me faz ser doce. Então não me amarga, não me azeda. Fica comigo inteiro, ou então não fica.
Valéria Mares
Minha vida já foi cheia de gente falsa que quase me fez desistir das pessoas. Não faz eu desistir, porque eu sou teimosa e sempre vou acreditar de novo. Porque tem uma coisa idiota em mim que, apesar de não parecer, me faz ser doce. Então não me amarga, não me azeda. Fica comigo inteiro, ou então não fica.
Valéria Mares
quarta-feira, 2 de abril de 2014
Aquele rapaz
Nos seus olhos, vejo todo o mistério do espaço. Sua boca de contornos tentadores diz palavras doces ao meu ouvido num fim de tarde chuvoso. Então, ele ri. E eu vejo todos os meus motivos para existir numa pessoa só. E eu reflito comigo mesma o quanto aquele rapaz de beleza clássica e cabelos bagunçados me faz bem. O quão completa me sinto quando ele simplesmente me abraça. Até as nuvens que nos observam suspensas no céu sabem que é amor. Que foi amor antes mesmo de ser. Que continuará sendo pela vastidão da eternidade.
Valéria Mares
Valéria Mares
segunda-feira, 31 de março de 2014
Vivo tranquila
Nesses dias que se seguem inconscientes para o meu coração, vivo tranquila. Me criticam, dizem: "menina, não é assim que segue a vida." Eu não digo nada. Eu penso: "você acha que vive, existindo sem sonhar?" Eu me empolgo até com as manhãs cinzas, quando o Sol se esconde traiçoeiro. Quando a luz está dentro da gente, não precisamos de Sol para brilhar. Eu vejo o lado bom das coisas, das pessoas. Os outros são os outros e fazem o que quiserem. E, ao contrário, só vêem os meus defeitos, até os mais banais. "Desastrada", zombam. É cômico e eu rio para não chorar. Quando te culpam até pelo que você não faz, você passa a não se importar. Eu comemoro minhas vitórias sozinha. Eu acho motivação em mim mesma para vencer meus obstáculos. Eu me sinto feliz quando, no final do dia, me olho no espelho e gosto do que vejo, gosto das minhas atitudes e nada pesa na minha alma.
Valéria Mares
Valéria Mares
sexta-feira, 28 de fevereiro de 2014
Despedida
Minha lágrima cinzenta
rolou tranquila,
indolor.
Meu suspiro indefinido
escapuliu sozinho,
indolor.
Meu sorriso falso
mostrou-se manso,
indolor.
Meu aceno de despedida
anunciou-se cruel.
Se foi,
doeu.
Valéria Mares
rolou tranquila,
indolor.
Meu suspiro indefinido
escapuliu sozinho,
indolor.
Meu sorriso falso
mostrou-se manso,
indolor.
Meu aceno de despedida
anunciou-se cruel.
Se foi,
doeu.
Valéria Mares
terça-feira, 28 de janeiro de 2014
Memórias cruas
Inspiro.
Expiro.
Penso. Falo.
Me perco sozinha no meu abismo particular.
Tão peculiar.
Tão pensante, gritante, atordoante.
Grito, giro.
Costas nuas.
Memórias cruas.
Ecos gelados.
Risos abafados.
Me afundo perdida no oceano que é a minha mente.
Memórias.
Tão pálidas.
Desformes.
Cruas.
Crio, invento.
Uma ponte.
Tão perto.
Tão longe.
Valéria Mares
Expiro.
Penso. Falo.
Me perco sozinha no meu abismo particular.
Tão peculiar.
Tão pensante, gritante, atordoante.
Grito, giro.
Costas nuas.
Memórias cruas.
Ecos gelados.
Risos abafados.
Me afundo perdida no oceano que é a minha mente.
Memórias.
Tão pálidas.
Desformes.
Cruas.
Crio, invento.
Uma ponte.
Tão perto.
Tão longe.
Valéria Mares
segunda-feira, 27 de janeiro de 2014
Era menina
Era menina,
Pequena, frágil.
Coração em ruína.
Era facera,
Por vezes, ágil,
Sempre guerreira.
Tinha beleza genuína,
Aquela menina.
Rosto sereno,
Amava um moreno
Que nunca viria
A notar aquela guria.
Todos ouviam
O que ela dizia.
Contava contos,
Inventava sonhos.
Era inteira, serena,
Pequena.
Transbordava saber.
Não tinha vergonha de ser.
Bonita e calma,
Era mulher,
De corpo e alma.
Valéria Mares
Pequena, frágil.
Coração em ruína.
Era facera,
Por vezes, ágil,
Sempre guerreira.
Tinha beleza genuína,
Aquela menina.
Rosto sereno,
Amava um moreno
Que nunca viria
A notar aquela guria.
Todos ouviam
O que ela dizia.
Contava contos,
Inventava sonhos.
Era inteira, serena,
Pequena.
Transbordava saber.
Não tinha vergonha de ser.
Bonita e calma,
Era mulher,
De corpo e alma.
Valéria Mares
sexta-feira, 17 de janeiro de 2014
Seja meu
Te desejo.
Inteiro, completo,
no concreto.
Cabelos bagunçados,
olhos cansados.
Seja meu,
me dê aquele
carinho teu.
Me diga
que esta vida,
apesar de sofrida,
meu bem,
pode ser bonita.
Valéria Mares
Inteiro, completo,
no concreto.
Cabelos bagunçados,
olhos cansados.
Seja meu,
me dê aquele
carinho teu.
Me diga
que esta vida,
apesar de sofrida,
meu bem,
pode ser bonita.
Valéria Mares
quinta-feira, 16 de janeiro de 2014
Dane-se a prudência
Tenho uma ridícula prudência insana. Sempre me contenho e convenço-me de que o melhor é o seguro. Ora, por que não se arriscar? Por que optar sempre pelo velho e abarrotado bom senso? Arrisque-se, pois, já que a dor é inevitável, vamos tirar o melhor proveito disso. Nada mais angustiante do que ver o tempo passar e se sentir arrependido do que não fez. Dane-se a prudência. Vida longa aos riscos que dão emoção a essa vida pálida.
Valéria Mares
Valéria Mares
quinta-feira, 9 de janeiro de 2014
Não morra, pequena
Acho extremamente difícil compreender a si mesmo. Entender cada centímetro de um corpo, de uma alma. Por que somos tão imprevisíveis? Por vezes me olho no espelho e não reconheço o rosto ali refletido. Pergunto-me onde fora parar toda a vitalidade que um dia eu possuí. Não sei ao certo se evoluí ou regredi, mas de algo tenho certeza, mudei. A menina dentro de mim encontra-se muito frágil e doente. Olho-me novamente no espelho e, com lágrimas nos olhos, digo baixinho: "Não morra, pequena. Não leve contigo a minha escassa alegria."
Valéria Mares
Valéria Mares
sábado, 4 de janeiro de 2014
Se me fosse dado o dom
Sei que nada sou,
Comparada à imensidão do mar.
Sei que sou muito pequena
Nesse mundo tão grande a vagar.
Mas, se me fosse dado o dom,
Eu propagaria beleza,
Mudaria esse tom.
Semearia alegria,
Espalharia amor
E distribuiria simpatia.
Pois nesse mundo tão cinza,
Precisa-se de mais cor,
Mais brisa,
Mais amor.
Valéria Mares
Comparada à imensidão do mar.
Sei que sou muito pequena
Nesse mundo tão grande a vagar.
Mas, se me fosse dado o dom,
Eu propagaria beleza,
Mudaria esse tom.
Semearia alegria,
Espalharia amor
E distribuiria simpatia.
Pois nesse mundo tão cinza,
Precisa-se de mais cor,
Mais brisa,
Mais amor.
Valéria Mares
quinta-feira, 2 de janeiro de 2014
Antônia e Manuel
O céu era de um brilhante e magestoso azul. A brisa suave agitava meus cachos negros e o sol aquecia
meu corpo. Fechei os olhos, ouvindo os pássaros.
"Tudo é tão lindo aqui." Sussurrei para mim mesma.
"Inclusive você." Disse uma voz grave e familiar.
Manuel.
Meu melhor amigo de infância e homem da minha vida.
Eu sorri ao abrir os olhos e ver seu rosto. Um sorriso angelical estava estampado ali.
"Touxe sorvete para você." Disse me entregando o alimento gelado.
Beijei seus lábios com ternura.
"Obrigada."
Ficamos um tempo em silêncio, ouvindo a natureza, observando as árvores.
"Antônia." Disse Manuel de repente.
"O que foi?"
"Nada, meu amor. Só estava pensando."
"Em quê?"
"Em você."
"Eo que concluiu?"
"É uma surpresa."
Eu adorava surpresas, então não questionei. Apenas me recostei em seu
peito.
"Manuel." Sussurrei.
Ele esperou.
"Tem algo no meu sorvete."
"Surpresa..." Ele riu.
Tirei o objeto do sorvete e ali estava. Melado de baunilha, pequeno e brilhante: um anel.
"Case-se comigo, Antônia."
"Caso."
Ele sorriu e me beijou.
Era o início da nossa felicidade completa.
Valéria Mares
quarta-feira, 1 de janeiro de 2014
Ano Novo
Feliz Ano Novo.
Feliz calendário novo, mês novo, roupa nova, talvez até "vida nova". Que nesse ano nossas risadas não sejam ofuscadas pelo mau tempo; que a felicidade não brinque de esconde-esconde conosco; que o sol brilhe morno; que a chuva caia mansa; que floresça; renasça; dê frutos. Que 2014 seja como uma semente em nossas vidas, a qual devemos regar, cuidar para que na hora certa tenhamos lindas flores. Que não nos falte coragem, persistência e foco, pois nada se conquista sem ter um objetivo. Então diga feliz: "Olá 2014, estou apostando em você."
Valéria Mares
Feliz calendário novo, mês novo, roupa nova, talvez até "vida nova". Que nesse ano nossas risadas não sejam ofuscadas pelo mau tempo; que a felicidade não brinque de esconde-esconde conosco; que o sol brilhe morno; que a chuva caia mansa; que floresça; renasça; dê frutos. Que 2014 seja como uma semente em nossas vidas, a qual devemos regar, cuidar para que na hora certa tenhamos lindas flores. Que não nos falte coragem, persistência e foco, pois nada se conquista sem ter um objetivo. Então diga feliz: "Olá 2014, estou apostando em você."
Valéria Mares
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