sexta-feira, 26 de dezembro de 2014

Anoitecer

O anoitecer é o caos mais ordenado que já vi. Aquela inquietação que não é noite nem dia me fascina. É como a adolescência, nem adulto nem criança. É como se o dia resistisse em morrer. Uma criança teimosa, ele resiste, formando o crepúsculo, o adeus da luz. É uma briga ordenada entre luz e trevas. Duas metades de um todo vital, que por um tempo se apresentam para nos contemplar com esse meio-termo. Eu sou esse meio-termo. Eu sou esse caos ordenado que não é uma coisa nem outra e, no entanto, é tudo. Por isso o anoitecer me fascina, porque se parece comigo. Porque me ajuda a preencher as lacunas de mim mesma e apreciar meu próprio crepúsculo.


        Valéria Mares

segunda-feira, 17 de novembro de 2014

Doente de alma



A chuva cai gelada lá fora enquanto eu olho pelo vidro embaçado da janela os carros derrapando pelo asfalto encharcado. Meu moletom roxo não parece quente o suficiente para conter meus tremores de frio. Penso naquele rosto pálido que em outros invernos estava junto a mim, me fornecendo o calor de seu próprio corpo. Olho envolta e o apartamento escuro e úmido exala a falta daquele alguém em cada centímetro. Passo a mão pelos cabelos desgrenhados e suspiro. Daqui meia hora tenho que sair para o trabalho e não me animo com isso. O ruim de trabalhar como recepcionista de hospital é que você tem que abrir seu melhor sorriso no rosto mesmo que seu cachorrinho de 10 anos tenha morrido na noite anterior. As pessoas que estão ali já tem problemas demais, então você tem que sorrir para que elas não se sintam tão mal. Suspiro outra vez. E do doente de alma, quem cuida? Levanto e coloco o uniforme do hospital, meus saltos estalando pela escada do prédio, como uma marcha fúnebre para mais um dia de sorrisos falsos.




                       Valéria Mares

segunda-feira, 10 de novembro de 2014

Eu moro na palavra

Às vezes sei tanto que não sei dizer o que sei.
Palavras são abismos,
suaves rabiscos
do buraco negro que me tornei.

Minha casa é o verso,
sem telhado,
sem concreto.
onde ventila e chove letra
direto da ponta da caneta.

Sou pequena e sou grande,
sou poesia insinuante.
Eu moro na palavra,
sou tudo, quando o mundo me reduz a nada.






                   Valéria Mares

quarta-feira, 5 de novembro de 2014

Sou lamento

Eu sou um oceano num copo d'água. Não caibo em mim, nem nos outros. Sou a bomba atômica que está guardada e pronta para explodir. E destruir. Sou a destruição em massa, dos outros e de mim mesma. Sou a granada nas trincheiras. Aquela com um pino frouxo que, ao menor toque, matará. Sou a calmaria na superfície, enquanto afundo na confusão. Sou lamento. Autodestrutiva. Uma pura confusão.




             Valéria Mares

sábado, 25 de outubro de 2014

Recomeçar

Eu tenho sonhos, sabe? Eu, como qualquer menina, como qualquer pessoa, tenho meus sonhos e anseios. Alguns são bobos e clichês, como casar ao ar livre, ter 2 filhos. Outros são sérios e grandes, como fazer faculdade, publicar livros. Eu nunca me vi como uma pessoa incapaz de fazer essas coisas, do contrário, sempre tive tal certeza. As pessoas geralmente diziam "você consegue, você é inteligente" e eu acreditava, até hoje acredito. No entanto, quando as coisas se apertam e, enfim, chega a hora de você fazer o vestibular, editar o livro, a maioria das pessoas não te apoiam, dolorosamente são as pessoas que você mais ama e as que mais deviam te apoiar. Enfim, hoje quis falar de sonhos e eles geralmente vem acompanhados de dificuldades, seja seus pais, sua cidade, sua dificuldade em física. As coisas sempre vão querer dar errado e a gente tem que ir correndo atrás, da forma que conseguir. E, se não conseguir, adiar. Afinal, ainda existe a vida toda pela frente, o que não podemos é desistir de sonhar. Por isso, devemos recomeçar, nos renovar, deixar-nos podar, murchar, para logo depois florescer outra vez. Traçar novos objetivos, fazer das dificuldades novas oportunidades é fundamental. Só não deixe o tempo parar, nunca, valorize cada segunda da sua
existência. Vença a chuva, espere o momento certo e corra atrás do seu lugar ao Sol.





P.s.: Apenas um grito seco que quis publicar, Valéria.

quarta-feira, 15 de outubro de 2014

Quem dera-me

Quem dera-me ver teu rosto,
mesmo que num esboço.
Um borrão desconexo,
mal pintado,
incerto.
Do teu semblante, uma fagulha,
dos teu olhos, uma pintura.
Quem dera-me ter você todos os dias,
para dividir as alegrias.
Ter-te ao meu lado,
mesmo que seja mal pintado,
mesmo que não emoldurado,
mesmo que não de verdade,
só para a minha necessidade
quase louca,
quase rouca.
de você.





                                  Valéria Mares

segunda-feira, 22 de setembro de 2014

Faça de mim o teu lar


Beija meu ego com tuas mentiras doces, enquanto eu te explico, com dados estatísticos, sobre os riscos do crescimento populacional. Sei que você não está nem um pouco interessado na minha pesquisa de mestrado, mas, mesmo assim, fica aqui. Me encara com teus olhos negros e curiosos, me faça perguntas, ria das minhas piadas sem graça e faça piadas de verdade para eu rir. Beba chá comigo, apesar de você preferir café, me obrigue a comer feijão "porque faz bem", apesar de eu odiar esse grão. Me fale do seu dia, do seu trabalho, do caminho de ida e volta. Me deixe ouvir sua voz todos os dias. Me chame para perto, faça de mim o teu lar.






                                    Valéria Mares

segunda-feira, 1 de setembro de 2014

Na doçura dessa vida amarga

Na doçura dessa vida amarga,
encontrei meu encanto de ser poeta.
E vivi,
Sofri.
Te vi.
Te amei.
Nas estradas desse caminho selvagem,
encontrei a floresta das palavras.
E corri.
Segui.
Te quis
pra mim.
Nas águas secas desse mar de pessoas,
encontrei teu rosto em versos.
Concretos.
Incertos.
Em mim,
assim.




                                      Valéria Mares

sábado, 9 de agosto de 2014

Enfim

Chora tuas palavras no papel amassado do meu coração.
Me veste com tua poesia,
me faça explodir com tua canção.
Borra meu corpo com teus lamentos, teus contornos.
Me pinta com tinta,
me enche de adornos.
Grava teus versos em mim,
pra eu ser tua, enfim.

Valéria Mares


terça-feira, 29 de julho de 2014

A espera

E é sempre assim nessas tardes cinzentas, deito-me no sofá cor de creme e pego um livro ou um bloco de notas, leio ou escrevo para passar o tempo. É como se eu estivesse perdido no gelado Oceano Pacífico e as palavras fossem minhas boias. Elas me mantém flutuando no mar da minha mente e não me deixam afundar na inconsciência - ou na insanidade. O Pink Floyd ecoa baixo, vindo do quarto, propagando-se no ar até meus ouvidos cansados.
"The lunatic is in the hall".
"Yes, I am", respondo.
E minha cabeça gira, sentindo o prazer, o êxtase mental, o único que posso usufruir e que me arranca das malditas memórias, das imagens daquele rosto pálido.
Não sei ao certo se vai voltar ou não, mas vou esperar nesse sofá cor de creme ouvindo Pink Floyd, enquanto eu viver. Isso posso lhe garantir.

                                                                  Valéria Mares

terça-feira, 22 de julho de 2014

Menina do pé de samba

Imagino teu mundo no meu,
e te invento pequenina só pra mim.
Mergulho no teu olho de céu,
e no teu rosto que inspira Jobim.

Menina da fala de sopro,
me fala de novo,
Tu és feliz?

Me diz o que tu gosta,
Levanta o teu véu.
Faz dessa noite nossa,
me beija com teu olho de céu.

Menina do pé de samba,
me chama pra dança,
e me deixa ser teu?




                           Valéria Mares




quinta-feira, 17 de julho de 2014

Seja sua


Se possua,
Seu corpo é seu, menina.
Fique nua.
Na nudez da liberdade.
Se insinua.
Teu corpo é poesia.
Seja sua.



                                         Valéria Mares




sábado, 17 de maio de 2014

Tudo em ti sou eu

Menino,
teus olhos de negritude,
tua pele de brancura,
teu aroma de homem,
tua voz de doçura.
Tudo em ti é meu,
tudo em ti sou eu.



           Valéria Mares

quinta-feira, 8 de maio de 2014

Paranoia


Me assusto quando esses teus olhos negros se desviam dos meus. Quando você olha, assim, pensativo para o outro lado da rua. E eu vejo seu rosto se encher de uma frustração, um desejo, sabe deus do quê. Talvez você esteja cansado da minha monotonia. Revoltado com a minha prostração, minhas loucuras momentâneas. Talvez eu não seja boa para você e você seja bom demais para mim. Você, tão simples; eu, tão complexa. E você desvia seus olhos, cerra os lábios. Eu abaixo a cabeça e penso: "só não vá embora de mim,  por favor."



                              Valéria Mares

terça-feira, 6 de maio de 2014

Eu vivo pelas palavras

Vejo meus versos perdidos pela casa. Espalhados pelo chão, grudados nos grãos de poeira da estante, perdidos entre as páginas dos meus livros mal arrumados, rodopiando junto com as notas de rock progressivo que toca baixo, embalando meus devaneios. Eu me sento de frente à máquina de escrever e bebo algo, seria whisky ou chá? Não sei dizer, devo estar bêbado. Sangro aos poucos com palavras cortantes datilografadas lentamente. Sou masoquista e abuso delas. As palavras. Tento matá-las, mas não consigo. Elas me dão prazer enquanto me matam aos poucos. Eu vivo pelas palavras, e muito provavelmente morrerei por elas.



              Valéria Mares

domingo, 20 de abril de 2014

Minha casa sou eu

 Na minha casa cabe saudade,
cabe amor, até rancor.
Mas cabe autenticidade,
cabe felicidade.
Cabe eu, tão profunda.
Minha casa se inunda,
de mim.





                 Valéria Mares


segunda-feira, 14 de abril de 2014

Desabroche

Tenho visto tanta gente se perder de si para se enquadrar em um certo padrão. Acho lamentável quando alguém renuncia à sua personalidade por outra pessoa, abandona quem está sempre do seu lado: você mesmo. É tão bonita essa tua individualidade, seu jeito só seu de ver e gostar das coisas. Não perca isso, não deixe o barco te levar, reme por si. As coisas dão mais certo quando são naturais, forçar só piora. Desabroche. Olhe em volta e veja que lindo jardim espera por você.



                                            Valéria Mares


quinta-feira, 10 de abril de 2014

Cara de boneca


Eu tenho essa cara de boneca quando o mundo todo fica sem graça e perde a cor.
Eu tenho esse jeito sapeca quando está tudo certinho, sem sabor.
Me perdoe por essa infantilidade momentânea.
Entende que anda tudo tão sério nessa vida cotidiana.
Porque eu odeio a mesmice de ser adulta.
Porque eu brinco e dou risada mesmo, sem culpa.
Releve minhas crises, meus dramas.
É que, às vezes, eu me vejo assim, em chamas.
Então me deixar incendiar teu coração.
Pois eu sou assim, toda amor, toda paixão.


                      Valéria Mares

sábado, 5 de abril de 2014

Só não mente

Só não mente. Só não fala pra mim que você se importa quando não é verdade. Não diz que tu me curte, não me elogia, não finge. Eu estou aqui para o que precisarem de mim, só exijo sinceridade.
Minha vida já foi cheia de gente falsa que quase me fez desistir das pessoas. Não faz eu desistir, porque eu sou teimosa e sempre vou acreditar de novo. Porque tem uma coisa idiota em mim que, apesar de não parecer, me faz ser doce. Então não me amarga, não me azeda. Fica comigo inteiro, ou então não fica.



                    Valéria Mares

quarta-feira, 2 de abril de 2014

Aquele rapaz

Nos seus olhos, vejo todo o mistério do espaço. Sua boca de contornos tentadores diz palavras doces ao meu ouvido num fim de tarde chuvoso. Então, ele ri. E eu vejo todos os meus motivos para existir numa pessoa só. E eu reflito comigo mesma o quanto aquele rapaz de beleza clássica e cabelos bagunçados me faz bem. O quão completa me sinto quando ele simplesmente me abraça. Até as nuvens que nos observam suspensas no céu sabem que é amor. Que foi amor antes mesmo de ser. Que continuará sendo pela vastidão da eternidade.


                   Valéria Mares

segunda-feira, 31 de março de 2014

Vivo tranquila

Nesses dias que se seguem inconscientes para o meu coração, vivo tranquila. Me criticam, dizem: "menina, não é assim que segue a vida." Eu não digo nada. Eu penso: "você acha que vive, existindo sem sonhar?" Eu me empolgo até com as manhãs cinzas, quando o Sol se esconde traiçoeiro. Quando a luz está dentro da gente, não precisamos de Sol para brilhar. Eu vejo o lado bom das coisas, das pessoas. Os outros são os outros e fazem o que quiserem. E, ao contrário, só vêem os meus defeitos, até os mais banais. "Desastrada", zombam. É cômico e eu rio para não chorar. Quando te culpam até pelo que você não faz, você passa a não se importar. Eu comemoro minhas vitórias sozinha. Eu acho motivação em mim mesma para vencer meus obstáculos. Eu me sinto feliz quando, no final do dia, me olho no espelho e gosto do que vejo, gosto das minhas atitudes e nada pesa na minha alma.
                                                                                           

        Valéria Mares

sexta-feira, 28 de fevereiro de 2014

Despedida

Minha lágrima cinzenta
rolou tranquila,
indolor.

Meu suspiro indefinido
escapuliu sozinho,
indolor.

Meu sorriso falso
mostrou-se manso,
indolor.

Meu aceno de despedida
anunciou-se cruel.

Se foi,
doeu.



                    Valéria Mares

terça-feira, 28 de janeiro de 2014

Memórias cruas

Inspiro.
Expiro.
Penso. Falo.
Me perco sozinha no meu abismo particular.
Tão peculiar.
Tão pensante, gritante, atordoante.
Grito, giro.
Costas nuas.
Memórias cruas.
Ecos gelados.
Risos abafados.
Me afundo perdida no oceano que é a minha mente.
Memórias.
Tão pálidas.
Desformes.
Cruas.
Crio, invento.
Uma ponte.
Tão perto.
Tão longe.



              Valéria Mares

segunda-feira, 27 de janeiro de 2014

Era menina

Era menina,
Pequena, frágil.
Coração em ruína.
Era facera,
Por vezes, ágil,
Sempre guerreira.
Tinha beleza genuína,
Aquela menina.
Rosto sereno,
Amava um moreno
Que nunca viria
A notar aquela guria.
Todos ouviam
O que ela dizia.
Contava contos,
Inventava sonhos.
Era inteira, serena,
Pequena.
Transbordava saber.
Não tinha vergonha de ser.
Bonita e calma,
Era mulher,
De corpo e alma.



            Valéria Mares


sexta-feira, 17 de janeiro de 2014

Seja meu

Te desejo.
Inteiro, completo,
no concreto.
Cabelos bagunçados,
olhos cansados.


Seja meu,
me dê aquele
carinho teu.
Me diga
que esta vida,
apesar de sofrida,
meu bem,
pode ser bonita.


                Valéria Mares

quinta-feira, 16 de janeiro de 2014

Dane-se a prudência

Tenho uma ridícula prudência insana. Sempre me contenho e convenço-me de que o melhor é o seguro. Ora, por que não se arriscar? Por que optar sempre pelo velho e abarrotado bom senso? Arrisque-se, pois, já que a dor é inevitável, vamos tirar o melhor proveito disso. Nada mais angustiante do que ver o tempo passar e se sentir arrependido do que não fez. Dane-se a prudência. Vida longa aos riscos que dão emoção a essa vida pálida.



                                                                  Valéria Mares

quinta-feira, 9 de janeiro de 2014

Não morra, pequena

Acho extremamente difícil compreender a si mesmo. Entender cada centímetro de um corpo, de uma alma. Por que somos tão imprevisíveis? Por vezes me olho no espelho e não reconheço o rosto ali refletido. Pergunto-me onde fora parar toda a vitalidade que um dia eu possuí. Não sei ao certo se evoluí ou regredi, mas de algo tenho certeza, mudei. A menina dentro de mim encontra-se muito frágil e doente. Olho-me novamente no espelho e, com lágrimas nos olhos, digo baixinho: "Não morra, pequena. Não leve contigo a minha escassa alegria."



                Valéria Mares

sábado, 4 de janeiro de 2014

Se me fosse dado o dom

Sei que nada sou,
Comparada à imensidão do mar.
Sei que sou muito pequena
Nesse mundo tão grande a vagar.
Mas, se me fosse dado o dom,
Eu propagaria beleza,
Mudaria esse tom.
Semearia alegria,
Espalharia amor
E distribuiria simpatia.
Pois nesse mundo tão cinza,
Precisa-se de mais cor,
Mais brisa,
Mais amor.


            Valéria Mares

quinta-feira, 2 de janeiro de 2014

Antônia e Manuel


O céu era de um brilhante e magestoso azul. A brisa suave agitava meus cachos negros e o sol aquecia
meu corpo. Fechei os olhos, ouvindo os pássaros.
"Tudo é tão lindo aqui." Sussurrei para mim mesma.
"Inclusive você." Disse uma voz grave e familiar.
Manuel.
Meu melhor amigo de infância e homem da minha vida.
Eu sorri ao abrir os olhos e ver seu rosto. Um sorriso angelical estava estampado ali.
"Touxe sorvete para você." Disse me entregando o alimento gelado.
Beijei seus lábios com ternura.
"Obrigada."
Ficamos um tempo em silêncio, ouvindo a natureza, observando as árvores.
"Antônia." Disse Manuel de repente.
"O que foi?"
"Nada, meu amor. Só estava pensando."
"Em quê?"
"Em você."
"Eo que concluiu?"
"É uma surpresa."
Eu adorava surpresas, então não questionei. Apenas me recostei em seu
peito.
"Manuel." Sussurrei.
Ele esperou.
"Tem algo no meu sorvete."
"Surpresa..." Ele riu.
Tirei o objeto do sorvete e ali estava. Melado de baunilha, pequeno e brilhante: um anel.
"Case-se comigo, Antônia."
"Caso."
Ele sorriu e me beijou.
Era o início da nossa felicidade completa.

                 
                    Valéria Mares

quarta-feira, 1 de janeiro de 2014

Ano Novo

Feliz Ano Novo.
Feliz calendário novo, mês novo, roupa nova, talvez até "vida nova". Que nesse ano nossas risadas não sejam ofuscadas pelo mau tempo; que a felicidade não brinque de esconde-esconde conosco; que o sol brilhe morno; que a chuva caia mansa; que floresça; renasça; dê frutos. Que 2014 seja como uma semente em nossas vidas, a qual devemos regar, cuidar para que na hora certa tenhamos lindas flores. Que não nos falte coragem, persistência e foco, pois nada se conquista sem ter um objetivo. Então diga feliz: "Olá 2014, estou apostando em você."

                 Valéria Mares