quinta-feira, 9 de janeiro de 2014

Não morra, pequena

Acho extremamente difícil compreender a si mesmo. Entender cada centímetro de um corpo, de uma alma. Por que somos tão imprevisíveis? Por vezes me olho no espelho e não reconheço o rosto ali refletido. Pergunto-me onde fora parar toda a vitalidade que um dia eu possuí. Não sei ao certo se evoluí ou regredi, mas de algo tenho certeza, mudei. A menina dentro de mim encontra-se muito frágil e doente. Olho-me novamente no espelho e, com lágrimas nos olhos, digo baixinho: "Não morra, pequena. Não leve contigo a minha escassa alegria."



                Valéria Mares

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