sexta-feira, 22 de maio de 2015

Chuva de lembranças

A chuva me lembrava das noites em que passávamos na janela do seu apartamento vendo as luzes da cidade, ouvindo buzinas e aviões decolando. Tua voz era mansa a me contar histórias da infância, travessuras que nunca vou esquecer. Nossos risos ecoam na minha mente enquanto cada lembrança cai como gota de chuva na minha memória. Saudade é como um temporal em cima da gente, aquele desconforto gelado no coração de quem perdeu algo importante pelas ruas ensopadas e desertas de uma cidade cheia.

                       Valéria Mares


segunda-feira, 4 de maio de 2015

Promessas não me satisfazem

E promessas não me satisfazem mais como antigamente. Tudo que eu fazia era sonhar, imaginar e para mim já estava bom. Mas, hoje, vendo o passar dos anos e o correr do mundo, nada disso significa mais nada. Sonhos só são bons quando se tornam metas. E minha meta hoje é parar de imaginar e colocar as coisas em prática de uma vez. Não me faça promessas, elas não me tocam mais. Palavras, escritas ou faladas, não tem poder sozinhas. Por isso, guardo meus sonhos em caixinhas, prontas para serem abertas quando cada chance surgir.






                     Valéria Mares