sexta-feira, 22 de maio de 2015

Chuva de lembranças

A chuva me lembrava das noites em que passávamos na janela do seu apartamento vendo as luzes da cidade, ouvindo buzinas e aviões decolando. Tua voz era mansa a me contar histórias da infância, travessuras que nunca vou esquecer. Nossos risos ecoam na minha mente enquanto cada lembrança cai como gota de chuva na minha memória. Saudade é como um temporal em cima da gente, aquele desconforto gelado no coração de quem perdeu algo importante pelas ruas ensopadas e desertas de uma cidade cheia.

                       Valéria Mares


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