Eles eram opostos.
Ele o preto,
Ela o branco.
Como noite e dia
Como arroz e feijão.
Eram preto e branco,
Uma linda combinação.
Valéria Mares
segunda-feira, 30 de dezembro de 2013
sábado, 28 de dezembro de 2013
Pequena
Tenho medo de trovão.
Fui pequena, doce em vão.
Sou sensível,
Mas não mostro.
Preciso de carinho
E finjo que não gosto.
Tenho olhos de gueixa,
Não se aproveite dessa deixa.
Tenho ódios ocultos,
Feridas e dilúvios.
E apesar de não parecer,
Inundo-te se me aborrecer!
Valéria Mares
Fui pequena, doce em vão.
Sou sensível,
Mas não mostro.
Preciso de carinho
E finjo que não gosto.
Tenho olhos de gueixa,
Não se aproveite dessa deixa.
Tenho ódios ocultos,
Feridas e dilúvios.
E apesar de não parecer,
Inundo-te se me aborrecer!
Valéria Mares
quarta-feira, 25 de dezembro de 2013
Me calo
Valéria Mares
domingo, 22 de dezembro de 2013
Chove lá fora
quarta-feira, 18 de dezembro de 2013
Os beija-flores da vida
Ando dormindo mal, comendo mal, vivendo mal. Sabe aquela agoniazinha de sentir de tudo? De transbordar sensações? De ser sensível? Acho que você não sabe. Sente-se e escute. O mundo não vai bem, meu caro. Eu sinto isso nesses dias que correm como crianças mal criadas. Tem pressa para ser noite e depois pressa para ser dia novamente. E o que as pessoas tiram disso tudo? Os dias passam tão rápido que elas nem se dão conta, não enxergam nada à sua volta. Me diga, qual foi a última vez que você viu um beija-flor? O beija-flor está lá no seu jardim, mas você para e olha parta ele? Não. Eu me sinto como esse beija-flor. Eu quero abrir os olhos das pessoas para o que há de belo. Ninguém tem mais paciência para ler bons livros e ouvir boas músicas. Os mais belos beija-flores da vida estão diante de nossos olhos, só não paramos para enxergá-los.
Valéria Mares
Valéria Mares
quinta-feira, 5 de dezembro de 2013
Um mundo cinza pálido. Era assim que eu via tudo ao meu redor naquela ocasião. Eu me sentia enjoada com aquela solidão vertiginiosa. Me sentia dispensável mais uma vez. Tudo parecia desconexo e sem foco, distanciando-se de mim. Quando você é trocado e deixado de lado, percebe que esteve sempre sozinho, que ter pessoas superficiais ao seu lado não vai suprir a sua necessidade profunda por pessoas inteiras.
Valéria Mares
Valéria Mares
segunda-feira, 21 de outubro de 2013
A passos leves
Vivo procurando o teu cheiro, o teu encanto,
O teu afeto, em cada canto.
Vivo caminhando sem rumo, sem vida.
Sou como uma poesia que precisa ser lida.
Necessito de apoio,
uma bengala, o teu consolo.
Meus passos são leves
Por vezes perigosos e breves.
Não tenho medo de chuva,
Temo visão turva.
Gosto de enxergar,
De ver o que há de bonito para se olhar.
Ando carente de pele, calor,
Mas, se puder, tamém me dê amor.
Não sou muito de cobrar,
Mas se vim, venha para ficar.
Valéria Mares
O teu afeto, em cada canto.
Vivo caminhando sem rumo, sem vida.
Sou como uma poesia que precisa ser lida.
Necessito de apoio,
uma bengala, o teu consolo.
Meus passos são leves
Por vezes perigosos e breves.
Não tenho medo de chuva,
Temo visão turva.
Gosto de enxergar,
De ver o que há de bonito para se olhar.
Ando carente de pele, calor,
Mas, se puder, tamém me dê amor.
Não sou muito de cobrar,
Mas se vim, venha para ficar.
Valéria Mares
terça-feira, 15 de outubro de 2013
Simples e complexa
Eu não tenho muitas certezas. Sei que sou nova demais, inocente demais, menina demais. Mas nada disso me impede de ser esse furacão de perguntas sem respostas, de dúvidas adultas, de grandes sonhos. Quero muito, quero mais. Não fujo, nunca fujo. Minha fúria, por vezes, transforma-se em persistência. Sou teimosa. Não aceito um "não" seco, quero um "como" e um "porquê". Vou até os limites por respostas. Sou simples para quem sabe lidar comigo. Sou uma equação matemática, sempre escondo um x.
Valéria Mares
Valéria Mares
quinta-feira, 10 de outubro de 2013
Metalinguística
Metalinguística.
Minha meta é linguística,
Minha meta é escrever, compor, cantar,
É poetizar.
A vida, o fazer, o amar.
Por no papel meu jeito,
Sem jeito, sem tato.
A pureza de um simples ato.
Minha meta é escrever,
E, com rabiscos bobos,
Expor meu querer.
Valéria Mares
Minha meta é linguística,
Minha meta é escrever, compor, cantar,
É poetizar.
A vida, o fazer, o amar.
Por no papel meu jeito,
Sem jeito, sem tato.
A pureza de um simples ato.
Minha meta é escrever,
E, com rabiscos bobos,
Expor meu querer.
Valéria Mares
terça-feira, 10 de setembro de 2013
Pura, nua e crua
Deitada, encaro o teto.
Desejando apenas um pouco de afeto,
Um resquício de liberdade.
Quero voar!
Como um balão, como um pássaro.
Sinto no meu respirar
O meu incessante querer,
Meu desejo ardente de ser
Pura, nua e crua.
Um barco a velejar,
Levada pelo vento.
Apenas com a certeza do quanto ainda hei de amar.
Valéria Mares
segunda-feira, 9 de setembro de 2013
Tem horas
segunda-feira, 1 de julho de 2013
Aprendendo a voar
- Para ser lida ouvindo Learning to Fly, do Pink Floyd e 130 anos, do Agridoce :)
Sinto o vento balançar meus cabelos,
Sinto-o ao respirar,
Sinto-o nas minhas asas a balançar.
Caminho procurando impulso,
Começo a correr.
O susto.
Caio.
Abraço a queda, desejando-a.
Tremulo no ar.
Será que estou a voar?
Um... Dois... Três
Caio outra vez.
Mas dessa vez, encontro o chão.
Sangue no rosto, asas cansadas.
Volto ao topo para outra vez tentar.
E esta sou eu,
Aprendendo a voar.
Valéria Mares
Sinto o vento balançar meus cabelos,
Sinto-o ao respirar,
Sinto-o nas minhas asas a balançar.
Caminho procurando impulso,
Começo a correr.
O susto.
Caio.
Abraço a queda, desejando-a.
Tremulo no ar.
Será que estou a voar?
Um... Dois... Três
Caio outra vez.
Mas dessa vez, encontro o chão.
Sangue no rosto, asas cansadas.
Volto ao topo para outra vez tentar.
E esta sou eu,
Aprendendo a voar.
Valéria Mares
quinta-feira, 6 de junho de 2013
Há males que vem para o bem
Quando eu era mais nova (mais nova do que sou atualmente, rs), não entendia o sofrimento .Era só uma maré ruim chegar para eu me fechar no meu mundo de tristeza e solidão, tive até uma fase meio gótica, que não gosto nem de lembrar.
Com o tempo, fui percebendo que os tropeços impulsionam (Agridoce) e que a gente deve sempre seguir em frente. Cheguei a um ponto de reflexão em que analisei tudo que acontecia ao meu redor e cheguei a uma conclusão óbvia: há males que vem para o bem. Você nunca verá o arco-íris se não esperar a chuva passar. E foi assim que eu aprendi a viver, um dia de cada vez, sempre com esperança de que tudo melhore se a situação está ruim.
É preciso ter fé e continuar a caminhar. Então, percebemos que não são os problemas que diminuem, a gente é que cresce.
Valéria Mares
Com o tempo, fui percebendo que os tropeços impulsionam (Agridoce) e que a gente deve sempre seguir em frente. Cheguei a um ponto de reflexão em que analisei tudo que acontecia ao meu redor e cheguei a uma conclusão óbvia: há males que vem para o bem. Você nunca verá o arco-íris se não esperar a chuva passar. E foi assim que eu aprendi a viver, um dia de cada vez, sempre com esperança de que tudo melhore se a situação está ruim.
É preciso ter fé e continuar a caminhar. Então, percebemos que não são os problemas que diminuem, a gente é que cresce.
Valéria Mares
domingo, 2 de junho de 2013
Eu sou poesia
A poesia habita em mim,
Eu sou poesia.
Meus olhos a refletem,
Meus lábios a proferem,
Meus dedos a escrevem.
Eu sou poesia.
Meus coração a transborda
Em palavras cor de maresia
Que minha alma suporta
Até o momento de deixar fluir.
Eu sou poesia.
A poesia me compõe,
Me pesa, me cansa,
Mas também me liberta, me encanta.
Valéria Mares
quarta-feira, 29 de maio de 2013
Autocrítica
Sempre fui muito crítica comigo mesma. Nunca conseguia ser boa o bastante para mim e, hoje, parei para refletir a respeito disso. Por muito tempo, eu me odiei, me autodepreciei. Não conseguia me aceitar. Parei e refleti: isso vale a pena? Lembro de ter lido no meu mangá preferido que "aqueles que não aceitam a si mesmos, estão destinados a falhar". E concordo, pois meu próprio medo de não conseguir me levou ao fracasso muitas vezes, em um terrível ciclo de ódio próprio. Mas aprendi com o tempo, que ninguém pode mudar por mim e que o sucesso depende muito da fé também. Se eu não acreditar em mim, quem mais fará isso? Despertei dessa babaquice de tentar ser perfeita e fui ser feliz. Aceitei meus defeitos, minhas falhas e busquei melhorar. Encontrei alguém que me ama do jeito que sou e acredita em mim. Enfim, comecei a viver de forma plena e, como o Pink Floyd me ensinou, não devemos ser apenas outro tijolo no muro. :)
Valéria Mares
Valéria Mares
quarta-feira, 27 de março de 2013
Uma noite fria de agosto
Era uma noite fria de agosto. Não se sabe ao certo como ela fora parar ali. O fato é: ela era uma menina e estava sozinha a vagar pela cidade numa noite fria de agosto. Sem quê, nem porquê, sem onde ou para onde. Sua mente era como uma TV mal sintonizada. Não via nem ouvia nada, não pensava nada, apenas caminhava pelas ruas mal iluminadas e sombrias da cidade.
Subitamente, ela riu. Uma risada histérica e incomum. Não achava graça em nada e não sabia porquê ria. Sentiu um fragmento de raciocínio em sua mente e questionou sua própria sanidade. Estava louca? Certamente. Rio de novo, cedendo à própria loucura.
Era estranho não pensar mas, ao mesmo tempo, era um alívio.
Lembrava-se de sentir muita dor no coração, de ter chorado muito. Por que havia chorado? Por que sentira dor? Aliás... Queria mesmo saber? Não. Não queria. Queria permanecer eternamente nesse estado de torpor anestésico insano. Era bom. Ela ria. E continuava a vagar pela cidade, absorvendo e esquecendo. Num ciclo confortável.
Valéria Mares
Subitamente, ela riu. Uma risada histérica e incomum. Não achava graça em nada e não sabia porquê ria. Sentiu um fragmento de raciocínio em sua mente e questionou sua própria sanidade. Estava louca? Certamente. Rio de novo, cedendo à própria loucura.
Era estranho não pensar mas, ao mesmo tempo, era um alívio.
Lembrava-se de sentir muita dor no coração, de ter chorado muito. Por que havia chorado? Por que sentira dor? Aliás... Queria mesmo saber? Não. Não queria. Queria permanecer eternamente nesse estado de torpor anestésico insano. Era bom. Ela ria. E continuava a vagar pela cidade, absorvendo e esquecendo. Num ciclo confortável.
Valéria Mares
Solitário professor
O céu era de um azul profundo e inspirador, o cheiro de água salgada entrava por suas narinas enquanto ele caminhava. O mar ia e vinha, molhando seus pés doloridos e cansados. Sentou. Suspirou. Como é belo, pensou. Não se cansava de ver e admirar aquela imensidão azul poderosa. Lembrou-se da conversa que tivera com uma colega de trabalho na semana anterior.
"Estou preocupada contigo." Ela dissera corando.
"Como é?"
Vejo você sempre sozinho, parece cada vez mais solitário. Queria poder fazer algo..." Ela estava ainda mais vermelha.
Ela se importava com ele, parecia amá-lo. Mas ele não podia iludir ninguém. Ainda mais uma moça tão bondosa e bonita como ela. Ele era apenas um homem jovem com alma de velho que acostumou-se a viver sozinho em seu apartamento modesto que só continha em abundância os livros.
"Não se preocupe." Ele tentara sorrir. "Eu fico bem, sempre fico."
Ela balançara a cabeça, não parecendo convencida, e se fora.
Se fora.
Como todos.
Todos que ele deixou ir, que ele afastou intencionalmente ou não.
Ali, sentado à beira do mar, ele sentia todo o peso da solidão. Solidão que ele procurou por tanto tempo e, agora, corroía-o de dentro para fora.
Abraçou os joelhos procurando conforto. Não encontrou. Seus próprios sentimentos o sufocavam, o traíam. Encarou o mar, admirando-o mais uma vez. Sempre vinha vê-lo quando se sentia dessa forma. Mas hoje... Até o mar parecia empurrá-lo para seu abismo interior.
Levantou-se e começou a caminhar de volta para o seu modesto apartamento, continuar com sua modesta vida de solitário professor.
Valéria Mares
"Estou preocupada contigo." Ela dissera corando.
"Como é?"
Vejo você sempre sozinho, parece cada vez mais solitário. Queria poder fazer algo..." Ela estava ainda mais vermelha.
Ela se importava com ele, parecia amá-lo. Mas ele não podia iludir ninguém. Ainda mais uma moça tão bondosa e bonita como ela. Ele era apenas um homem jovem com alma de velho que acostumou-se a viver sozinho em seu apartamento modesto que só continha em abundância os livros.
"Não se preocupe." Ele tentara sorrir. "Eu fico bem, sempre fico."
Ela balançara a cabeça, não parecendo convencida, e se fora.
Se fora.
Como todos.
Todos que ele deixou ir, que ele afastou intencionalmente ou não.
Ali, sentado à beira do mar, ele sentia todo o peso da solidão. Solidão que ele procurou por tanto tempo e, agora, corroía-o de dentro para fora.
Abraçou os joelhos procurando conforto. Não encontrou. Seus próprios sentimentos o sufocavam, o traíam. Encarou o mar, admirando-o mais uma vez. Sempre vinha vê-lo quando se sentia dessa forma. Mas hoje... Até o mar parecia empurrá-lo para seu abismo interior.
Levantou-se e começou a caminhar de volta para o seu modesto apartamento, continuar com sua modesta vida de solitário professor.
Valéria Mares
quarta-feira, 20 de março de 2013
Definição de amor
O amor é um sentimento resultante de uma série de experiências e conhecimento sobre outra pessoa. Se manifesta de várias formas e pode ocorrer em diversas ocasiões.
Há quem diga que o amor não existe. Ele existe sim. Porém, hoje em dia, está cada vez mais raro. As pessoas se iludem ou, simplesmente, se satisfazem com paixões vazias e passageiras baseadas apenas em contatos físicos.
O amor é muito complexo e pode trazer felicidade, mas, também, dor. É preciso saber amar de verdade. Encontrar a felicidade individual e à dois. Saber que amor vai muito além de beijos, é compreensão, cuidado e companheirismo.
Valéria Mares
Há quem diga que o amor não existe. Ele existe sim. Porém, hoje em dia, está cada vez mais raro. As pessoas se iludem ou, simplesmente, se satisfazem com paixões vazias e passageiras baseadas apenas em contatos físicos.
O amor é muito complexo e pode trazer felicidade, mas, também, dor. É preciso saber amar de verdade. Encontrar a felicidade individual e à dois. Saber que amor vai muito além de beijos, é compreensão, cuidado e companheirismo.
Valéria Mares
"Eu"
Eu tenho medos ridículos,
Tristezas dolorosas,
Agonias nostálgicas.
Eu sinto falta,
E falta dói.
Eu me encontro sozinha,
Sob a chuva de verão.
Eu ouço o vento sussurrar,
Eu entendo o mar.
Eu me completo sozinha,
Mas eu quero transbordar.
Eu sinto a dor
E a transformo em poesia.
A dor de amar,
A falta.
Valéria Mares
Tristezas dolorosas,
Agonias nostálgicas.
Eu sinto falta,
E falta dói.
Eu me encontro sozinha,
Sob a chuva de verão.
Eu ouço o vento sussurrar,
Eu entendo o mar.
Eu me completo sozinha,
Mas eu quero transbordar.
Eu sinto a dor
E a transformo em poesia.
A dor de amar,
A falta.
Valéria Mares
terça-feira, 5 de março de 2013
segunda-feira, 4 de março de 2013
Sempre em frente
A vida é muito curta para ficar lamentando erros passados porque, afinal, a gente caminha é para frente. Sempre em frente.
Valéria Mares
Valéria Mares
terça-feira, 26 de fevereiro de 2013
A beleza e a sensibilidade
Então, ali estava eu: sentada em um banco de uma praça qualquer, embaixo de uma árvore qualquer, num momento de reflexão e tormenta qualquer. O livro em minhas mãos tremia, meu peito cansado estava apertado. Pessoas passavam por mim, ignorando-me completamente. Como não conseguiam ver? Eu estava em choque, um choque de realidade. Será que, como eu pensei, nesse mundo de merda só há pessoas insensíveis? Sim. A resposta rodopiava em minha mente. Eu estava paralisada de pavor. Minha própria antissocialidade é prova disso. Insensibilidade me enoja, não sei viver sem apreciar os detalhes, a beleza... Mas não vejo beleza nas pessoas, nesse amontoado de robôs idiotas e alienados, nesses humanos sem humanidade, nessas cidades lotadas e vazias ao mesmo tempo. É ridiculamente irônico como, quanto mais cheio é um lugar, mais solitárias as pessoas são, menos se importam umas com as outras, mais hipócritas são se considerando "boas pessoas", mas se recusam a ver o quão miserável é o mundo em que vivem, ignoram um mendigo, um pobre cachorro abandonado, ma criança com fome... Não faço parte disso, eu pensei. Será? Não é por ninguém em particular que passei a pensar dessa forma, é simplesmente repulsa pela futilidade humana.
Um movimento ao meu lado me arrancou do torpor de pensamentos. Um rapaz bonito usando uma camisa do Pink Floyd havia se sentado ali e me encarava. "Está tudo bem?" ele perguntou. "Você... você parece estar sofrendo..." Eu estava chocada e o rapaz pareceu ter percebido isso, sua expressão ficou ainda mais... preocupada? Isso mesmo? Impossível...
Naquele instante, algo magnífico aconteceu: eu olhei em seus olhos escuros e vi uma beleza pura e única, vi também _ pode acreditar _ sensibilidade. Eu mal podia crer. Eu pude ver sua alma, era tão bela ... tão cheia de vida e bodade. Ele era lindo, tanto por fora quando por dentro. Todo o meu tormento pela humanidade se fora. Ele era diferente, mesmo que fosse o único, ele era uma esperança, uma vela ardente em um mundo escuro e frio. "Agora estou", respondi. Ele sorriu. O sorriso mais sincero e poderoso que eu já vi. Uma esperança queimou dentro de mim. O acaso tem um senso de humor estranho. A beleza estava diante de mim, nem tudo está perdido. Ele era como eu e eu soube que poderiam existir outros. O bem atrai o bem, a gente só tem que aprender a reconhecer.
Valéria Mares
Um movimento ao meu lado me arrancou do torpor de pensamentos. Um rapaz bonito usando uma camisa do Pink Floyd havia se sentado ali e me encarava. "Está tudo bem?" ele perguntou. "Você... você parece estar sofrendo..." Eu estava chocada e o rapaz pareceu ter percebido isso, sua expressão ficou ainda mais... preocupada? Isso mesmo? Impossível...
Naquele instante, algo magnífico aconteceu: eu olhei em seus olhos escuros e vi uma beleza pura e única, vi também _ pode acreditar _ sensibilidade. Eu mal podia crer. Eu pude ver sua alma, era tão bela ... tão cheia de vida e bodade. Ele era lindo, tanto por fora quando por dentro. Todo o meu tormento pela humanidade se fora. Ele era diferente, mesmo que fosse o único, ele era uma esperança, uma vela ardente em um mundo escuro e frio. "Agora estou", respondi. Ele sorriu. O sorriso mais sincero e poderoso que eu já vi. Uma esperança queimou dentro de mim. O acaso tem um senso de humor estranho. A beleza estava diante de mim, nem tudo está perdido. Ele era como eu e eu soube que poderiam existir outros. O bem atrai o bem, a gente só tem que aprender a reconhecer.
Valéria Mares
domingo, 24 de fevereiro de 2013
O que me motiva
Medo eu tenho, mas quem não tem? O que me motiva é saber que existe um mundo lá fora me esperando para ser explorado.
Valéria Mares
Felicidade
Felicidade é uma luz
que vem de dentro para fora
e transborda brilhante
na vida de quem tem fé
e confia em si.
Valéria Mares
Conhecimento
Tenho uma fome irracional de conhecimento. Sou o tipo de pessoa que não consegue "não saber". Vou até os limites de tudo procurando respostas e explorando-as. Não consigo viver um dia sem aprender algo novo. Sei que a vida é um eterno aprendizado e isso é reconfortante porque, graças a Deus, eu nunca vou saber de tudo.
Valéria Mares
Valéria Mares
sábado, 12 de janeiro de 2013
Run
Passei correndo pela esquina da alegria,
Senti o gosto doce da felicidade.
Corri para longe, achando que voltaria,
Então, me perdi, sem poder voltar.
Hoje, fixo moradia no corredor nostálgico,
Onde choro sozinha e continuo a lembrar
O quanto te quero, e você precisou partir.
Ah, menino! Quanto amor sinto por ti!
Não se demore a voltar,
Pois meu coração, coitado, dói por esperar.
- Valéria Mares
Senti o gosto doce da felicidade.
Corri para longe, achando que voltaria,
Então, me perdi, sem poder voltar.
Hoje, fixo moradia no corredor nostálgico,
Onde choro sozinha e continuo a lembrar
O quanto te quero, e você precisou partir.
Ah, menino! Quanto amor sinto por ti!
Não se demore a voltar,
Pois meu coração, coitado, dói por esperar.
- Valéria Mares
quinta-feira, 10 de janeiro de 2013
O lobo
Para que te servem essas unhas longas? Para te arranhar de morte e para arrancar os teus espinhos mortais, responde o lobo do homem. Para que te serve essa cruel boca de fome? Para te morder e para soprar a fim de que eu não te doa mais, meu amor, já que tenho que te doer, eu sou o lobo inevitável pois a vida me foi dada. Para que te servem essas mãos que ardem e prendem? Para ficarmos de mãos dadas, pois preciso tanto, tanto, tanto _ uivavam os lobos, e olharam intimidados as próprias garras antes de se aconchegarem um no outro para amar e dormir. (...)
- Clarice Lispector, Os desastres de Sofia
- Clarice Lispector, Os desastres de Sofia
Felicidade (...)
Mas, felicidade, eu já cansei de brincar de esconde - esconde contigo e nunca conseguir te achar.
Ana Luiza
Ana Luiza
quarta-feira, 9 de janeiro de 2013
Aprender
Ultimamente, meus dias andam tão monótonos, tão cinzentos. Me sinto tão cansada e entediada. Meu coração parece estar cada vez mais incensível ao que se passa ao meu redor. Muitos diriam que o que eu ando sentindo, é tristeza. Sim, é tristeza, admito.
Mas tenho um motivo bem nobre para me sentir assim: Estou com saudade. Não é doença, mas chega perto. Sinto uma falta brusca de alguém insubstituível. A questão central é: Não dá para fingir que está tudo bem o tempo todo. A gente chora as vezes _ muitas vezes _ e acha que vai morrer. Mas não morre. Porque o mundo continua girando e a dor diminuindo. Porque, mesmo sem saber, a gente é forte. E depois de tanto sofrer e aprender com tal sofrimento, Deus manda um prêmio pra gente, por termos sido fortes e suportado algo ruim. O grande fato, é que tudo que vem com esforço, fica e dura. E tudo que vem fácil, vai fácil.
Entenda, quando você aprender a ser forte, estará preparado para ser feliz.
Valéria Mares
Mas tenho um motivo bem nobre para me sentir assim: Estou com saudade. Não é doença, mas chega perto. Sinto uma falta brusca de alguém insubstituível. A questão central é: Não dá para fingir que está tudo bem o tempo todo. A gente chora as vezes _ muitas vezes _ e acha que vai morrer. Mas não morre. Porque o mundo continua girando e a dor diminuindo. Porque, mesmo sem saber, a gente é forte. E depois de tanto sofrer e aprender com tal sofrimento, Deus manda um prêmio pra gente, por termos sido fortes e suportado algo ruim. O grande fato, é que tudo que vem com esforço, fica e dura. E tudo que vem fácil, vai fácil.
Entenda, quando você aprender a ser forte, estará preparado para ser feliz.
Valéria Mares
A morada
Lá está ela à espreita,
Por entre as árvores surge.
De acolho e compreensão é feita,
A simplicidade habita seu interior.
Recanto de paz e plenitude,
Cheiro de flor, gosto de amor.
Não é somente uma casa,
É um refúgio.
Onde a felicidade sempre passa.
Corações feridos ali se curam.
Não é somente uma casa a acenar,
Ali, eu sei, é um lar.
Valéria Mares
Por entre as árvores surge.
De acolho e compreensão é feita,
A simplicidade habita seu interior.
Recanto de paz e plenitude,
Cheiro de flor, gosto de amor.
Não é somente uma casa,
É um refúgio.
Onde a felicidade sempre passa.
Corações feridos ali se curam.
Não é somente uma casa a acenar,
Ali, eu sei, é um lar.
Valéria Mares
terça-feira, 8 de janeiro de 2013
No frio da minha própria solidão,
Eu encontrei conforto.
Em meio a essa escuridão,
Observando as emendas de mim mesma,
Desenhei teu corpo.
Te teci com versos, te encontrei em melodias,
Senti seus sabores, decorei teus cheiros.
Em todo canto te procuraria,
Como te procuro.
Em todo canto te amaria,
Como te amo.
Valéria Mares
Eu encontrei conforto.
Em meio a essa escuridão,
Observando as emendas de mim mesma,
Desenhei teu corpo.
Te teci com versos, te encontrei em melodias,
Senti seus sabores, decorei teus cheiros.
Em todo canto te procuraria,
Como te procuro.
Em todo canto te amaria,
Como te amo.
Valéria Mares
segunda-feira, 7 de janeiro de 2013
Uma madrugada qualquer
O relógio digital sobre o criado-mudo marcava 03:45 da manhã, mas ela ainda não havia dormido nada. Abraçou os joelhos e absorveu o som da chuva que caia ferozmente sobre o telhado. Se sentia cansada e deprimida, como se não suportasse ser ela mesma. Não sabia porquê se sentia dessa forma, mas pensar num porquê só a deixava pior.
Ela pegou o celular e colocou os fones no último volume, procurando abafar seus próprios pensamentos. (...)
Valéria Mares
Ela pegou o celular e colocou os fones no último volume, procurando abafar seus próprios pensamentos. (...)
Valéria Mares
O canto da flor sem encanto
Não havia mais encanto;
O que jazia era o canto.
A lamúria rouca,
A fúria reprimida.
A voz suave que cantava,
A lágrima zombeteira que escorregava.
A face se franzia,
Onde somente tristeza havia.
O encanto se foi ...
Ah, se fosse só o encanto!
Tudo se fora, nada restara.
Somente sua voz que ecoava.
Valéria Mares
O que jazia era o canto.
A lamúria rouca,
A fúria reprimida.
A voz suave que cantava,
A lágrima zombeteira que escorregava.
A face se franzia,
Onde somente tristeza havia.
O encanto se foi ...
Ah, se fosse só o encanto!
Tudo se fora, nada restara.
Somente sua voz que ecoava.
Valéria Mares
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