Às vezes sei tanto que não sei dizer o que sei.
Palavras são abismos,
suaves rabiscos
do buraco negro que me tornei.
Minha casa é o verso,
sem telhado,
sem concreto.
onde ventila e chove letra
direto da ponta da caneta.
Sou pequena e sou grande,
sou poesia insinuante.
Eu moro na palavra,
sou tudo, quando o mundo me reduz a nada.
Valéria Mares
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